Entre nós: 10 anos de Bolsa Zum

Exposição coletiva

Assinalar os dez anos da Bolsa ZUM/IMS permite conhecer os projetos de todas, todos e todes artistas que, por meio de uma seleção anual realizada por um júri, obtiveram recursos, acompanhamento curatorial a condições de produção para construírem os projetos que agora se reúnem pela primeira vez numa exposição conjunta. Por outro lado, esta exposição também propicia condições para uma reflexão sobre a produção artística ao longo desta última década no Brasil, assim como estabelece bases para avaliar os propósitos, os termos e os resultados da Bolsa 2UM/IMS, organizada pelo Instituto Moreira Salles.

A exposição Entre nós: dez anos de Bolsa ZUM/IMS é resultado de parceria inédita entre o Instituto Moreira Salles e o Pivô, plataforma de intercâmbio e experimentação artística que, desde 2012, tem dinamizado uma das programações independentes mais atentas às práticas artísticas nas novas gerações da arte brasileira e internacional, a partir do seu espaço no edifício Copan, no centro de São Paulo. A mostra demonstra uma sinergia entre os objetivos e as estratégias de duas instituições – não por acaso, vários dos artistas contemplados pela bolsa participaram do programa do Pivô ao longo da última década -, que assim convergem na apresentação de uma visão ontológica da história da Bolsa ZUM/IMS e da mais jovem cena artística brasileira da última década, num gesto conjunto que expande as possibilidades dos questionamentos artísticos, sociais e políticos protagonizados pelas obras apresentadas.

Premiados de 2024 (12ª edição)

O Instituto Moreira Salles anuncia os dois projetos vencedores da 12ª edição da Bolsa ZUM/IMS. São eles: O Templo que o vento inventar, da artista Ventura Profana; e Barranca, do artista Davi de Jesus do Nascimento.

Em O Templo que o vento inventar, Profana pretende criar nove colagens, que serão impressas sobre retalhos de tecidos de dimensões distintas, com imagens, ilustrações e fotografias. A obra inclui também a edificação de uma tenda inspirada no Santo dos Santos, o lugar mais reservado do Tabernáculo, desenhada para abrigar as colagens. O espaço possuirá estrutura espiral feita com bambu e será revestido por palhas de piaçava. As colagens serão feitas em diálogo com o tríptico O Jardim das Delícias Terrenas (1504), pintura de Hieronymus Bosch.

Em Barranca, Davi de Jesus do Nascimento construirá um álbum de fotos com o acervo de familiares e da comunidade ribeirinha da cidade de Pirapora (MG), investigando imagens dos pescadores, lavadeiras e mestres carranqueiros que habitam o curso do rio São Francisco, feitas entre os anos 1980 e 2000. Além do álbum, será criado um mapa afetivo da região.

Davi de Jesus do Nascimento vive e trabalha em Pirapora, Minas Gerais. É um artista barranqueiro, criado às margens do rio São Francisco, curso d’água que define sua vida e prática artística. Nascido em uma família de pescadores, lavadeiras e carranqueiros, nutre suas expressões criativas através de experiências, memórias e imaginações conectadas ao seu território, comunidade e família.

Ventura Profana nasceu em Salvador e vive em São Paulo. É pastora missionária, cantora, escritora, compositora e artista visual. Evangelista doutrinada em templos batistas, sua prática é alimentada e está enraizada na pesquisa das manifestações e metodologias cristãs no Brasil e no exterior. ///

Paço Imperial
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Terça à domingo das 12h às 18h
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Entrepasso gastronomia
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